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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Estímulos

 Hoje eu estive pensando no tanto de estímulos que recebemos do mundo e do quanto queremos abraçar e dar conta de fazer que acabamos por ignorar o que há em nós e o que há naqueles que estão a nossa volta. 

Tem uma multidão de filmes e séries que a gente quer assistir pra ontem, mas nunca tem tempo pra assistir. Tem uma multidão de músicas que se quer ouvir e quando chega a apartar o play, não aprecia a música, se concentra em outras coisas ou em outros pensamentos e deixa aquele momento especial passar. 


Há uma infinidade de programas que podem ser feitos com os amigos ou com a família, mas acabamos deixando pra depois... Como se tivéssemos certeza que esse depois chegará.


Neste momento em que escrevo, já me dispersei algumas vezes com estímulos desinteressantes e nem um pouco importantes. 


Há tanto que pode ser feito, mas nada tem parecido interessante. Há tanto que se quer fazer, mas o querer fica só na vontade, não se materializa em algo concreto e efetivo. 


O mundo virtual é perfeito, deslumbrante, maravilhoso. E ao se deparar com a realidade de que nada nem ninguém é assim, nos frustramos e partimos em busca da próxima coisa que vai nos entreter por algum tempo e logo será desinteressante. 


Estamos tão desconectados de nós mesmos, que nada, por mais maravilhoso e gostoso que seja, se conectará conosco. 


E nesse mundo de cardápios, escolhas fáceis e superficialidades, vamos tentando nos encaixar em busca de estímulos externos que nos completem, mas na verdade, o que buscamos sempre esteve e sempre estará em nós mesmos! 

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