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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Estímulos

 Hoje eu estive pensando no tanto de estímulos que recebemos do mundo e do quanto queremos abraçar e dar conta de fazer que acabamos por ignorar o que há em nós e o que há naqueles que estão a nossa volta. 

Tem uma multidão de filmes e séries que a gente quer assistir pra ontem, mas nunca tem tempo pra assistir. Tem uma multidão de músicas que se quer ouvir e quando chega a apartar o play, não aprecia a música, se concentra em outras coisas ou em outros pensamentos e deixa aquele momento especial passar. 


Há uma infinidade de programas que podem ser feitos com os amigos ou com a família, mas acabamos deixando pra depois... Como se tivéssemos certeza que esse depois chegará.


Neste momento em que escrevo, já me dispersei algumas vezes com estímulos desinteressantes e nem um pouco importantes. 


Há tanto que pode ser feito, mas nada tem parecido interessante. Há tanto que se quer fazer, mas o querer fica só na vontade, não se materializa em algo concreto e efetivo. 


O mundo virtual é perfeito, deslumbrante, maravilhoso. E ao se deparar com a realidade de que nada nem ninguém é assim, nos frustramos e partimos em busca da próxima coisa que vai nos entreter por algum tempo e logo será desinteressante. 


Estamos tão desconectados de nós mesmos, que nada, por mais maravilhoso e gostoso que seja, se conectará conosco. 


E nesse mundo de cardápios, escolhas fáceis e superficialidades, vamos tentando nos encaixar em busca de estímulos externos que nos completem, mas na verdade, o que buscamos sempre esteve e sempre estará em nós mesmos! 

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