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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Apenas Mais Um Dia Qualquer

Sexta-feira, horário de almoço, tarde de um dia tão banal e comum que nada de extraordinário parece possível de acontecer, de modo que me faça recordar desse dia. É só mais um dia como outro qualquer, e como outro qualquer, pode me surpreender positiva ou negativamente, de modo que a partir desse dia a minha vida possa mudar totalmente.

Ao olhar pelas portas e janelas é possível observar as nuvens se deslocarem lentamente, alternando entre sombra e sol, deixando o céu branco e daí a poucos minutos, azul novamente. Os sons se alternam entre conversas de passantes e gritos de crianças,  assovio de um apito e ventoinhas que giram incessantemente.

E assim o tempo vai passando vagarosamente. Talvez eu não esteja concentrado e envolvido como deveria em minhas atividades, me tornando capaz de perceber o "tic-tac" do relógio, contando o tempo na ânsia de chegar o tempo de fazer absolutamente nada.

Nessa lentidão em que o tempo tem passado, logo estarei, num dia qualquer pensando na velocidade em que o tempo passou e no tempo que perdi, no tempo que podia ter aproveitado pra fazer tudo aquilo que quero fazer, mas se o quisesse mesmo, estaria fazendo e não pensando que quero fazer e não fazendo. E assim, com o passar do tempo, surge o questionamento: o que eu quero?

E assim sucedem-se os dias banais e corriqueiros que preenchem o roteiro de nossas vidas. Roteiro esse que de vez em quando tenho assumido o papel de escrita, mas que na maior parte do tempo estou apenas seguindo algum roteiro pré-escrito, talvez por mim, talvez pelos outros e assim vai se passando o tempo.

"Tic-Tac", "Tic-Tac", "Tic-Tac", "Tic-Tac".

Corriqueiramente o tempo vai passando e corriqueiramente o tempo se esgota!

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