Pular para o conteúdo principal

Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Espaço

Pus-me, o fim de semana inteiro, a refletir, observar, ouvir, avaliar, concentrar-me em tudo que acontecia a minha volta, com o intuito óbvio de converter os resultados de minhas análises em inspiração para textos.

Algumas imaginações despertaram uma centeia, e logo pus-me a escrever. Mas soaram tristes demais. Fins de semana devem ser alegres, salvo exceções em que a vida resolve bagunçar essa lógica e algo trágico acontece. No mais, é de extremo bom gosto que façamos dos fins de semana nossos momentos felizes. Pelo menos tentemos. Assim sendo, descartei o texto triste, porém belo, a depender de como se olha.

Uma centeia alegre logo brilhou. Pus-me a escrever, mas soou falsa a alegria. Forçada. Se meu eu lírico não sorriu, não foi um texto muito bom. Logo, descartei-o.

Pus-me então a ouvir músicas cujos temas variavam desde cartas que não diziam nada, sobre vãs melancolias, quereres, saudades, ritmos. Até sobre praia falavam. E isso preencheu a chama da inspiração.

Às vezes, no espaço onde está a criatividade, ela também ocupa. E parafraseando Clarice Falcão, quem vai querer ler meus textos, se falam de uma pessoa só?

Comentários

Postagens mais visitadas