Espaço
Pus-me, o fim de semana inteiro, a refletir, observar, ouvir, avaliar, concentrar-me em tudo que acontecia a minha volta, com o intuito óbvio de converter os resultados de minhas análises em inspiração para textos.
Algumas imaginações despertaram uma centeia, e logo pus-me a escrever. Mas soaram tristes demais. Fins de semana devem ser alegres, salvo exceções em que a vida resolve bagunçar essa lógica e algo trágico acontece. No mais, é de extremo bom gosto que façamos dos fins de semana nossos momentos felizes. Pelo menos tentemos. Assim sendo, descartei o texto triste, porém belo, a depender de como se olha.
Uma centeia alegre logo brilhou. Pus-me a escrever, mas soou falsa a alegria. Forçada. Se meu eu lírico não sorriu, não foi um texto muito bom. Logo, descartei-o.
Pus-me então a ouvir músicas cujos temas variavam desde cartas que não diziam nada, sobre vãs melancolias, quereres, saudades, ritmos. Até sobre praia falavam. E isso preencheu a chama da inspiração.
Às vezes, no espaço onde está a criatividade, ela também ocupa. E parafraseando Clarice Falcão, quem vai querer ler meus textos, se falam de uma pessoa só?
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