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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Quantos de Nós

Hoje, ao fim de tarde, como de costume, tirei alguns minutos para contemplar o céu. Enquanto observava a mudança de tonalidade da coloração e o enfraquecimento da luz do sol e o fortalecimento do brilho do luar, passei a imaginar quantas seriam as pessoas que estariam olhando o mesmo céu. Comecei a refletir e fazer uma série de indagações a esse respeito, que se seguem abaixo.

Quantos de nós estariam olhando o céu, pensando em quantos estariam olhando o céu?
Quantos de nós estariam fazendo uma oração, contemplando os milagres da natureza?
Quantos de nós estariam sorrindo ao olhar o céu? E quantos de nós estariam chorando?
Quantos de nós estariam amando? E quantos de nós estariam sofrendo por amar?
Quantos de nós estariam gratos pelo que tem? E quantos de nós estariam espraguejando?
Quantos de nós se encontrarão no futuro? 
Quantos de nós serão amigos? E quantos de nós serão um casal?
Quantos de nós olharão o céu novamente? E quantos de nós se esquecerá de olhar?

E dentre todas essas indagações, uma sempre se repetia:

Será que ela está olhando o céu agora?

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