Eu estava lendo, mas desta vez não conseguia me concentrar na leitura. É fim de domingo, já passa da hora de deitar, mas o sono ainda não chegou. Com o intuito de relaxar, resolvi fazer um chá.
Há alguns dias fui presenteado com sachês de chá de camomila. Confesso que eu nunca fui um apreciador de chás, mas a boa intenção por trás do gesto e pela pessoa quem me presenteou, aceitei de bom grado e pus-me a provar.
Sempre me lembrei de chás de gosto amargo, mas para minha surpresa, não foi esse o sabor que senti. Logo, propus-me a fazer com que se torne hábito que eu beba chá com mais frequência.
Enquanto a água aquecia para que eu pudesse mergulhar o sachê e extrair o sabor das folhas maceradas dentro do saquinho, pus me a pensar em como é aconchegante sentirmo-nos queridos. Esse chá pode ser um símbolo desse sentimento de acolhida a que me refiro. Logo meus pensamentos se mudaram para o fato de que não só com presentes fazemos com que as pessoas sintam-se queridas. A presença também gera esse mesmo sentimento. Estar presente na vida daqueles que a gente se importa é, talvez, ainda mais importante do que gestos materiais.
Aniversariei há alguns dias. E me surpreendi positivamente pelas mensagens que recebi de algumas pessoas. Confesso que não esperava. Mas muito mais do que as palavras, fui surpreendido pelos gestos de muitas pessoas. Estive reunido com um seleto grupo, para celebrar esse meu dia. Algumas pessoas não puderam ir, mas sei que se importam tanto quanto aquelas que ali estavam.
Há muito tempo eu não me sentia querido pelas pessoas. E do chá que ganhei até as celebrações e mensagens que recebi, senti-me abraçado por cada um. Talvez eu devesse beber mais chá. Talvez eu devesse celebrar mais. Acho que preciso celebrar tomando chá!
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