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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Cores

Estava preto, escuro, meu coração.
Enegreceu-se como se tivesse sido queimado, tornando-se carvão.
Não parecia que seria capaz de um dia, novamente, bombear conforme um dia fizera.
Embora negro, cumpria sua função. Nada mais.
A medida que o tempo passou, aos poucos, fora nascendo nele novos capilares, clareando a escuridão. Tornou-se acinzentado.
Agora era possível pequenas arritmias, como às vezes, acelera o coração ao se deparar com algo empolgante.
Aí surgiu um ser que fizera a arritmia ainda mais forte, agora uma nova artéria surgira. Então foi se tornando rosado o coração.
A cada novo contato, a cada sorriso, a cada brilho no olhar, um novo sistema circulatório surgiu. Não havia mais resquícios do carvão que outrora iniciara essa história.
Há pessoas que dão vida a outras.
Ela deu nova vida ao morto vivo que habitava meu ser.

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