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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Nossa Valsa

Eu não sei dançar.
Adoraria puxar você até o centro do tablado e valsar.
Escolho a valsa por ser uma dança onde os pares se ajuntam
É lenta e tranquila, nos permite sentir a pele e cheiro.
Valsearia a vida toda com você.
Um passo pra lá, outro pra cá,
Quase a simulação do ir e vir das ondas do mar.
Não sei nadar e nem conheço o mar,
Mas se o mar é você, atiro-me sem nem pensar.
Que as ondas me levem aonde quer que seja, desde que me levem a você.
Recupero meu fôlego depois de me afogar em ti
Levanto a cabeça em sinal de respeito
E outra vez te trago até meu peito
Pra reiniciar o nosso baile, a nossa valsa.
Não é que a vida seja sempre calma,
Tampouco que a gente sempre se entenda,
É que sem você nem tem sentido,
É só viver uma morte longa e lenta.
Dancei várias vezes antes de você,
Mas não uma dança real
Dancei como metáfora, porque achei que bailava,
Quando nem sequer me mexia.
Foi só quando você chegou que o piano tocou,
A luz escureceu, as vestes finas nos cobriram
E deu início à nossa valsa.

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