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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Terror

Tenho medo de assombrações.
Espíritos, demônios, espectros e fantasmas me amedrontam. Talvez nem existam, mas a ideia de existir me assusta.

De todos os terrores que eu podia presenciar, o que mais me assombra, é a ideia de uma vida sem você.

Às vezes o vento traz seu cheiro, as músicas ecoam em sua voz, sua risada se espalha pela casa, os pássaros cantam seu nome, as árvores riscam na janela seus olhos e seu reflexo é visto no espelho. 

Esse assombro já me é companhia. Faz com que eu não me sinta só. Mesmo que eu esteja. Me aterroriza a ideia de que um dia até mesmo esse assombro se vá. 

Entre todos os temores, terrores, dissabores, há, sem dúvidas alguma, aquele resquício de felicidade que emana da simples lembrança de tê-la visto um dia.

Que eu seja visitado a vida toda pela imagem dos teus olhos brilhando e o sorriso iluminando todos a sua volta.

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