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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Terror

Tenho medo de assombrações.
Espíritos, demônios, espectros e fantasmas me amedrontam. Talvez nem existam, mas a ideia de existir me assusta.

De todos os terrores que eu podia presenciar, o que mais me assombra, é a ideia de uma vida sem você.

Às vezes o vento traz seu cheiro, as músicas ecoam em sua voz, sua risada se espalha pela casa, os pássaros cantam seu nome, as árvores riscam na janela seus olhos e seu reflexo é visto no espelho. 

Esse assombro já me é companhia. Faz com que eu não me sinta só. Mesmo que eu esteja. Me aterroriza a ideia de que um dia até mesmo esse assombro se vá. 

Entre todos os temores, terrores, dissabores, há, sem dúvidas alguma, aquele resquício de felicidade que emana da simples lembrança de tê-la visto um dia.

Que eu seja visitado a vida toda pela imagem dos teus olhos brilhando e o sorriso iluminando todos a sua volta.

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