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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

O Que Fazer?

Meus desejos, todos, se perdem na ideia de não se saber ao certo aonde ir.
Todas as mulheres que vejo, por mais belas que sejam, não me despertam anseios.
Todas as notícias soam como tragédia, e as alegrias, todas elas, envelhecem.
É sempre um constante: poderia ter sido!
Ah, se eu pudesse ao menos gritar e ser ouvido, mas todos que me escutam, não me ouvem, nem sequer um ruído!
Que fazer então?
Vagar pelas noites escuras, sem destino, nem alento, nem ternura, em busca de um agoro que pra essa vida toda traga sentido novo.
Sim! Vagar por aí, sem saber de onde vim nem pra onde ir, sem esperar por nada, pra quem sabe, me deparar com bondosa alma que me traga de volta pro lugar de onde saí.
Não! Não sei porque anseio isso.
Não! Não estou triste, talvez resignado, porque apesar de tudo, o que me resta é nada.

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