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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

O Que Fazer?

Meus desejos, todos, se perdem na ideia de não se saber ao certo aonde ir.
Todas as mulheres que vejo, por mais belas que sejam, não me despertam anseios.
Todas as notícias soam como tragédia, e as alegrias, todas elas, envelhecem.
É sempre um constante: poderia ter sido!
Ah, se eu pudesse ao menos gritar e ser ouvido, mas todos que me escutam, não me ouvem, nem sequer um ruído!
Que fazer então?
Vagar pelas noites escuras, sem destino, nem alento, nem ternura, em busca de um agoro que pra essa vida toda traga sentido novo.
Sim! Vagar por aí, sem saber de onde vim nem pra onde ir, sem esperar por nada, pra quem sabe, me deparar com bondosa alma que me traga de volta pro lugar de onde saí.
Não! Não sei porque anseio isso.
Não! Não estou triste, talvez resignado, porque apesar de tudo, o que me resta é nada.

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