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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Queda

Despencaria do mais alto penhasco, 
Se me fosse afiançado
Que antes de cair no gramado
Teus olhos tivessem em mim repousado.

Não, não me refiro a queda para a morte.
Somente um risco, uma tentativa de sorte,
Um ato que talvez comove,
Talvez traçando um norte.

Seria a minha apresentação,
A entrada de um trapalhão,
Querendo apenas chamar atenção.

Se ao cair um rochedo me espera,
Depois de tanta espera,
Talvez o caminho fosse a queda.

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