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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Andança

E assim, devagarinho,
A gente foi parando de se falar, 
Até que tudo que era vivido,
Foi virando só lembrança.
E agora, volta e meia,
No meio de toda essa andança,
A danada dá um jeito,
e volta em forma de lembrança.
Aí do peito vem o suspiro, 
Daqueles que qualquer um que tenha ouvido,
Vai já logo pensando, 
No peito desse aí fez morada,
e não há quem tire,
Uma doce amada,
Que nunca viu o ar livre. 
Ficou na cabeça e no peito, 
Reza braba nenhuma deu jeito.
E ele foi preso sendo livre.

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