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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Silêncio

As palavras sumiram. As perdi. Elas não me vêm mais com a mesma facilidade de antes. Perderam o brilho, ganharam um peso que não as pertence, ficaram diminutas e insignificantes. Pobre de mim que só tinha as palavras para compartilhar da solidão comigo. Sou um poeta mudo. Meus textos são grunhidos inaudíveis que se perdem no ar assim que proclamados. Só me restaram os ecos silenciosos que me trazem a certeza do lugar vazio que me encontro. Olá.. olá... ol... o... Silêncio.

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