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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Teu Mar

No mar do teu ser naufrago-me sem a mínima vontade de ser socorrido.

Por mim, posso me perder e me achar diversas vezes.

Tua água é potável e não há solidão apesar da imensidão azul que te compreende.

Deixo que o vento me leve, no tempo que for, do jeito que for, pois não há resgate que me ache e me tire desse mar.

É um mar ora calmo, ora turbulento, mas de onde muitos tiram sustento e então felizes são por viver próximo ao mar.

Perco-me, acho-me, navegando em ti.
Não me preocupo com o tempo, pois me delicio com a viagem e a paisagem e a calmaria que o mar me traz.

Perco-me em teu mar, só pra me encontrar e sem se quer dizer nada, você me cuidar.

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