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Espaço que uso para transmitir ao mundo meus pensamentos e emoções, mas de forma poética.
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A Guerra - Capítulo I
O cenário estava devastado. Escombros se espalhavam por todos os lados. Alguém que chegasse ali, naquele exato momento, instantaneamente imaginaria que não haveria possíveis sobreviventes. O caos reinava.
Árvores dilaceradas, casas abaixo, rios enegrecidos. Não havia nenhum sinal que permitisse ao visitante supor que ali houvesse vida. Nem sequer considerar que possa ter havido. Tudo ali era simplesmente inabitável.
Sendo assim, como eu ousava ainda esperar que ali eu encontrasse alguém? Por que me permitia ter esperanças? Qual era o meu intuito?
Embora a realidade estivesse estampada na minha frente e fosse possível sentir o cheiro da solidão que circulava no ar, a esperança teimava em permanecer em mim. Havia esperança em meio ao caos. Havia a sensação de que, se eu não desistisse, encontraria àquilo que eu nem sabia que estava procurando.
O ambiente era perigoso. Havia cacos de vidro no chão, paredes prestes a desmoronar, ecos que soavam como gritos e uivos do vento soprando pelas janelas trincadas trazendo a sensação de frio, mesmo que fizesse calor.
Antes disso, o cenário era outro. Havia paz, prosperidade, felicidade e abundancia de recursos.
Agora tudo estava perdido.
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