Pular para o conteúdo principal

Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

A Janela

Sempre que saio ao quintal, após o escurecer, me deparo com um clarão.
Clarão esse que suscita a curiosidade de saber o que se passa ali.
Quais histórias teriam esse clarão a contar?
Seriam histórias felizes, recheadas de sorrisos
Ou seriam lamentos e suspiros de alguém que, sozinho, anseia por algo ou alguém?
Às vezes o brilho da luz se apaga e vê-se uma luz mais amena e que transita,
Indícios de que há uma TV ligada.
O que passa na TV?
Uma comédia, um romance, um suspense?
Tragédia, noticiário, reality show?
Quem ali está, é feliz?
Neste clarão há um mistério.
Um mistério que cativa a mim.
E que enquanto durar, inspirará reflexões e indagações
Que me dão razão para imaginar...

Comentários

Postagens mais visitadas