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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Inverno

Abri a janela para ventilar a casa, mas adentrou por ela um vento frio que logo congelou tudo ao redor.

O quarto que estava iluminado e quente, logo escureceu, e a alegria que tomava conta dos móveis, logo se dissipou com o assovio do vento.

Foi-se embora o amor. Restaram a saudade e as dúvidas. Por que inventei de abrir a janela? O que esperei que entrasse? 

Dentro de mim havia calor, mas o mundo resolveu trazer o inverno. A euforia passou e agora é preciso que encontre os cobertores que trarão de volta ao calor, até que a primavera traga as primeiras flores, as cores e o calor que permitirá que a janela mantenha-se aberta.

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