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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Inverno

Abri a janela para ventilar a casa, mas adentrou por ela um vento frio que logo congelou tudo ao redor.

O quarto que estava iluminado e quente, logo escureceu, e a alegria que tomava conta dos móveis, logo se dissipou com o assovio do vento.

Foi-se embora o amor. Restaram a saudade e as dúvidas. Por que inventei de abrir a janela? O que esperei que entrasse? 

Dentro de mim havia calor, mas o mundo resolveu trazer o inverno. A euforia passou e agora é preciso que encontre os cobertores que trarão de volta ao calor, até que a primavera traga as primeiras flores, as cores e o calor que permitirá que a janela mantenha-se aberta.

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