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Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Um Tolo

    Muitas pessoas que convivem comigo e me conhecem, me consideram um tolo, por, sempre que alguém me machuca ou chateia, apesar de eu sentir, procurar compreender ou aceitar que, apesar da minha "bondade", nem todo mundo irá me tratar da mesma forma. Me consideram tolo por eu não nutrir raiva e por muitas vezes eu ser gentil com essas pessoas e ainda me importar com elas.
    Antigamente, eu agia dessa maneira porque não queria perder as pessoas, por medo de ser sozinho e por diversos outros motivos que feriam o meu amor próprio e minha autoestima. Era doloroso pra mim imaginar que alguém, por qualquer que fosse a razão, não gostasse de mim ou não se importasse da mesma forma como eu me importava.
    Hoje, depois de algum tempo de terapia, autoavaliação e ressignificação de sentimentos e de pessoas, ajo dessa maneira porque acredito que seja a melhor maneira de se fazer do mundo um lugar melhor. Sempre terá alguém que irá nos machucar, seja deliberadamente e propositalmente, seja por um descuido ou por ignorância. Assim sendo, cabe a mim procurar identificar as razões e estabelecer os limites que me permitam conviver de maneira amigável e saudável com as pessoas e comigo mesmo. Como todo ser humano, eu também sinto raiva e também me entristeço. É natural a qualquer ser humano, mas não podem ser os sentimentos que nos guiam. Agredir de volta os sentimentos alheios e seus egos, trará um prazer momentâneo, mas nutrir mágoas e ressentimentos impedirá que se viva a plenitude dos bons sentimentos que moram dentro de si.
    Portanto, quando sou compreensivo, gentil e amigável para com aqueles que me feriram, não faço isso por submissão nem tampouco por reconhecimento ou "pra sair por cima". Faço isso porque é a maneira como acredito que devemos tratar as pessoas, na esperança de que sejamos tratados com gentileza e compreensão, fazendo do nosso mundo particular e dos nossos sentimentos, o melhor lugar pra se morar.

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