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Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Desatenção

Ao escrever, quando desatento, cometo erros de concordância, de gramática, de ortografia.
Ao amar, quando desatento do que sinto, concordo em demasia,
Obedeço gramáticas inexistentes e, 
Se erro uma grafia de expressão de sentimento,
Condeno-me tal qual um criminoso é condenado. 
Meu crime: amar demais.
Mas como se sabe que se amou em excesso,
Se só terá sido exagerado se o objeto amado não pôde armazenar o amor recebido?
Quando desatento do que sinto, escrevo vírgulas onde eram pontos finais.
Quando desatento, enxergo livros inteiros na menor das orações.
Quando desatento, perco a coesão e a coerência, 
Seja quando escrevo, seja quando amo.


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