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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Desatenção

Ao escrever, quando desatento, cometo erros de concordância, de gramática, de ortografia.
Ao amar, quando desatento do que sinto, concordo em demasia,
Obedeço gramáticas inexistentes e, 
Se erro uma grafia de expressão de sentimento,
Condeno-me tal qual um criminoso é condenado. 
Meu crime: amar demais.
Mas como se sabe que se amou em excesso,
Se só terá sido exagerado se o objeto amado não pôde armazenar o amor recebido?
Quando desatento do que sinto, escrevo vírgulas onde eram pontos finais.
Quando desatento, enxergo livros inteiros na menor das orações.
Quando desatento, perco a coesão e a coerência, 
Seja quando escrevo, seja quando amo.


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