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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Excesso de Carga

O problema é que chegamos até aqui com excesso de carga em nosso caminhãozinho.

Trazemos conosco pacotes de dúvidas e certezas que afetam nossa capacidade de receber novas encomendas e de entregar ao destinatário certo a remessa que outrora encaminhamos a ela.

Daí é que me veio, pela primeira vez de maneira tranquila, a ideia de que talvez, eu só preciso deixar pra trás essas encomendas e remessas velhas, que antes eu endereçava a um alguém que se mudou e não se encontra mais no endereço que me passaram no registro.

Assim eu poderei renovar a minha carga, transportar de um lado para outro até que de fato eu possa simplesmente entregá-la, sem me esforçar.

Quando isso acontecer, terei encontrado o destinatário correto onde deixar os pacotes cujo remetente seja eu.

Despachei os medos e joguei fora as dúvidas. Enchi-me de amor e de minha própria identidade. Agora só falta a quem destinar o melhor das encomendas que há em mim.

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