Pular para o conteúdo principal

Último Texto

Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Excesso de Carga

O problema é que chegamos até aqui com excesso de carga em nosso caminhãozinho.

Trazemos conosco pacotes de dúvidas e certezas que afetam nossa capacidade de receber novas encomendas e de entregar ao destinatário certo a remessa que outrora encaminhamos a ela.

Daí é que me veio, pela primeira vez de maneira tranquila, a ideia de que talvez, eu só preciso deixar pra trás essas encomendas e remessas velhas, que antes eu endereçava a um alguém que se mudou e não se encontra mais no endereço que me passaram no registro.

Assim eu poderei renovar a minha carga, transportar de um lado para outro até que de fato eu possa simplesmente entregá-la, sem me esforçar.

Quando isso acontecer, terei encontrado o destinatário correto onde deixar os pacotes cujo remetente seja eu.

Despachei os medos e joguei fora as dúvidas. Enchi-me de amor e de minha própria identidade. Agora só falta a quem destinar o melhor das encomendas que há em mim.

Comentários

Postagens mais visitadas