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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Dissabores

Aquilo sem o qual eu não vivo, hoje mata-me aos poucos.
Corrói-me por dentro de maneira silenciosa, que só quando enerva-se,
Noto o estrago que tem feito.

Silenciosamente vai tirando de mim os prazeres.
Silenciosamente afasta-me dos meus sabores.
Silenciosamente esfria os meus amores.

Como posso ter passado toda a vida consumindo
E agora, quando já não posso mais voltar atrás,
Pune-me pelos excessos?

Resta-me, portanto, escolher entre a vida sem graça sem você
Ou uma vida regada aos sabores e cores que me trazes,
Mas que lentamente acelera meu fim.

Refiro-me ao café, que me aflige o estômago,
Mas em uma noite solitária,
Poderia eu extrapolar ao amor?

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