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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Olhares

Cruzaram-se nossos olhares.
Dentro do meu peito, descarrilhou o trem.
Logo todo o meu corpo já sabia que aquele olhar fora fatal. 
Tirou-me do controle de minhas emoções, 
O mundo agora era nada.
Sem domínio de mim mesmo,
A confiança nas minhas habilidades de comunicação se perderam.
Devo dizer algo?
O que dizer?
Como dizer? 
Mas se nada digo,
Não posso meu olhar nela manter.
Enquanto eu lutava comigo mesmo
Para concentrar-me em qualquer outra coisa que não fosse ela,
Percebi que perdia, 
Pois a cada instante,
Nossos olhares se encontravam.
Agora entendo o que Tom Jobim dizia na letra:

"Quando a luz dos olhos teus e a luz dos olhos meus resolvem se encontrar, ah que bom que isso é meu Deus que frio que me dá".

Não seria o começo de toda história de amor,
Iniciada na troca de olhares?

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