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Dignidade

Não sou digno que a felicidade sorria para mim. Perceba que eu disse que não sou digno e não sou merecedor. É que a felicidade é fim último de todos e todos, sem exceção a merece. Mas ser digno de felicidade é diferente. Só é digno da felicidade aquele que possui bravura. É aquele que não tem medo dos nãos e das portas fechadas. Aquele que cria as condições ou, pelo menos, tenta criar os meios de atingi-la.  A felicidade é passiva. Você quem deve ir atrás dela e não esperar que ela aconteça. A felicidade se constrói enquanto se vive, não é um estado de graça, que uma vez atingido, permanece. Ela é como a própria vida. Ela até paira por nós, mas só de fato vive àquele que escolhe os próprios caminhos.  Só é feliz quem vive. Só vive quem é feliz. Os demais, se contentam com a efêmera sensação de ser feliz, só porque, num dia de céu claro, um leve sorriso foi visto no espelho.

Musa Impossível

E se a gente fugisse para o mais improvável dos destinos,
Será que a gente conseguiria viver com esse desatino?
E se a gente fizesse dos filmes inspiração
Viveríamos um caso real baseado em fatos de ficção?

Queria eu poder dar-te o mundo e proteger-te de todos,
Mas mesmo que eu pudesse, se o fizesse seria eu um tolo.
E seria um tolo porque em ti há força,
Não precisas proteção, apenas de alguém que te ouça.

Óh minha formosa musa impossível,
Que fez de mim homem altivo,
Me salvou da desesperança,
Me fazendo encarar meu obstáculo intransponível.

Óh meu coração que sangra,
Sangra pelas lembranças,
Lembranças doces,
De um tempo jamais vivido.

E se fugisse eu pra longe,
Pra nunca mais me ver,
Viveríamos eu e Deus
E a saudade de você.

Óh minha princesa enclausurada,
Que se protege da besta fera,
Besta fera que sou eu.

Óh musa impossível,
Que sejas sempre amada,
Que quem a ama sempre brade,
Brade em silêncio, mas que aja
Fazendo sentir-se sempre amada.

Óh musa impossível,
Apague essas palavras,
Jogue aos cães quem as escreve
E depois de dá-lo aos cães,
Jogue os restos as brasas.



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