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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Desfazer. Feito.

Quando levantei meus olhos, o mundo que eu conhecia não existia mais. Nada havia mudado, mas eu já não era mais o mesmo. A realidade me golpeou como um pugilista golpearia um mais franzino dos homens.

Para mim ainda não é clara a diferença entre esperança e ilusão. Às vezes, decide-se esperar, na crença de que em algum memento o objetivo será alcançado, mas essa crença é vã. É vã porque se estabeleceu sobre uma ilusão.

Uma vez dissipada a névoa que ofuscava a visão e tornava a realidade ligeiramente mais suportável, surgem as questões: e agora? E se eu esperasse um pouco mais? 

Talvez o famoso chavão "o que for pra ser, será" seja o melhor lema para se viver. "Tente sem tentar" ouvi uma vez na TV. E só agora, clareada a vista, consegui entender o que o personagem queria dizer: "faça, não force".

Não podemos desfazer o que já foi feito. Então, no fim das contas, só nos resta aceitar. O que fomos, quem somos e o que faremos para sermos o que queremos ser. E aí, sim, talvez, a fantasia que criamos seja exatamente como a realidade.

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