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Último Texto

Admiração

Admiro os poetas que escrevem, Com métricas, estrofes e rimas, Que fazem da caneta e do papel, Ferramentas de sua obra-prima. Admiro aqueles que ao lerem poesia, Respeitam a cadência, o sentimento, a melodia, Que apenas com o tom de voz, Eleva a beleza à nós. Admiro os que vivem a vida poeticamente, Que sabem com certeza o ser que são, Não são prisioneiros da mente, Quando chegada a hora, simplesmente vão. Admiro os que admitem  Que não sabem quem são, Pois se tornaram conscientes,  Da sua limitação. O que sou eu então, Se minhas rimas são bobas, Meus amores impossíveis, E se só sei o que não sou? Talvez eu seja isso: De toda uma vida, Um mero admirador.

Quarto Bagunçado

Meu quarto está uma bagunça. O dia foi cheio e uma loucura. Fosse eu adepto às fugas rápidas da realidade, teria uma garrafa de bebida alcoólica e um cigarro postos ao lado. Morasse eu em uma casa com dois patamares ou em um prédio, estaria na varanda, debruçado sobre o parapeito, ou olhando o movimento ou as estrelas. Onde estaria meus pensamentos? Nos problemas? Nos planos para o futuro? Nas fantasias que eu não realizaria? Olho de volta para o quarto. Uma bagunça, penso. Poderia arrumá-lo, mas só consigo pensar que deveria arrumá-lo. Se olho pra dentro de mim vejo também bagunça. Tanto a fazer. Tanto já feito. A lua brilha, na playlist toca "Tente Outra Vez". Seria um sinal? Tentar o quê? Pulo a música. "Tocando em Frente". Definitivamente a minha playlist quer me dizer alguma coisa. O quê? Decido pular mais uma música, "Oração ao Tempo". Me parece que tudo que tenho a fazer é deixar as coisas rolarem, sem desistir, mas sem forçar. Bom, acho que para arrumar o que está fora do lugar em mim, devo começar arrumando o quarto.

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